Sobre a vida...

Vivemos num mundo preto e branco; um mundo morto de plástico que faz da nossa existência um amontoado de compostos químicos...polietileno. Mas, de repente, algo acontece. A gente olha para o lado e o mundo se enche de cor, e as leis da natureza já não ditam a sequência de reações que nos leva por inércia ao fim natural. Somos, agora, invencíveis!

"De sua formosura deixai-me que diga: é tão belo como um sim numa sala negativa. Belo porque é uma porta abrindo-se em mais saídas. Belo como a última onda que o fim do mar sempre adia. Belo porque tem do novo a surpresa e a alegria. Belo como a coisa nova na prateleira até então vazia. Como qualquer coisa nova inaugurando o seu dia. Ou como o caderno novo quando a gente o principia. Belo porque corrompe com sangue novo a anemia. Infecciona a miséria com vida nova e sadia. Com oásis, o deserto, com ventos, a calmaria."

Fizemos as Pazes!

Meu amor não é de falar muito. Ele veio, e daquele jeito mansinho que ele tem, foi me abraçando e me unindo a ele até preencher todo o meu coração de amor. Não havia mais espaços para as caraminholas!

"Vontade de estar com ele...de ser com ele; que ao toque de nossas peles o meu corpo reconhece o dele como parte e o quer num desejo natural de obedecer as leis da criação.
Meu coração, em seu ritmo infinito, acelera no ímpeto de pulsar o sangue para as duas partes: a minha e a dele. Enquanto isso, o sopro de meu hálito se torna o hálito dele que enche os meus pulmões de vida a ponto de, não cabendo no recipiente do meu peito, correr pelos meus ossos em forma de tremor. E o tremor abrange o universo.
Lá fora, os pássaros se calam comovidos."

(Nina Liebert)

Caraminholas

Faz 3 dias que brigamos. Motivo? Não tem motivo nenhum...brigamos pq há em mim a necessidade estúpida de brigar.

 Uma "amiga" minha disse que ele havia mentido pra mim com relação ao término das férias dele porque um primo dela que trabalha no mesmo lugar que ele, disse que eles estariam em férias uma semana a mais!

Isso...a amiga disse que o primo disse que ele disse...daí já viu!!!

Agora ele tá puto da vida comigo alegando que eu não confio nele. Mas eu não confio mesmo! Não confio porque tenho medo. Tenho medo porque já confiei em outros e me machuquei.

Um coração partido, quando se restaura, cola torto os seus pedaços. Nunca mais volta a ser o que era!


E amanhã é aniversário dele T.T


...agora procuro o ombro amigo pra chorar...

Ele...

      Janeiro é o mês do aniversário dele.
      Estamos tanto tempo juntos e, no entanto, sinto-me ainda tão insegura.
      Nos vemos tão pouco...somente aos sábados. Ele parece não ligar para isso.
      Eu queria estar com ele 24 horas por dia...ele não se importa de estar comigo 4 horas por semana ou nem isso. O Johan joga água no meu amor, todos os dias!

      Certa vez ouvi uma pessoa dizer "num casal, sempre tem o que gosta mais e o que gosta menos". Fiquei aterrorizada com essa informação.
      Ainda hoje, não sei qual é a pior das posições. Ser o que gosta menos é terrível! Estupro consentido! Nada de borboletas ou de nuvens cor-de-rosa ou chão de algodão-doce. Mas ser o que gosta mais é ser suicida, ser mártir...entregar-se, anular-se por amor...quase missão de um santo! Acontece que não sou santa. Não tenho nem vocação, nem pretensão para isso!

"Me diga como você pode viver indo embora sem se despedaçar, por favor me diga agora?!..Por favor não vá ainda, espera anoitecer. A noite é linda, me espera adormecer. Não vá ainda, não, não vá ainda..."

Lonjuras!

Como muitos amigos virtuais já sabem, sou uma bonequinha apaixonada.

Meu amor, minha vida, meu rei, meu tudo, luz dos meus olhos, se chama Johan e passa seus dias num quartel da aeronáutica. 

Só posso vê-lo aos sábados, quando o Coronel permite!

Passei muitos dias do ano passado doente, mas acho que o problema era psicossomático, pois a dor de esperar por ele me corrói dia a dia.

"O médico perguntou:

_ O que sentes?

E eu respondi:

_ Sinto lonjuras, doutor.

Sofro de distâncias."

O Louco...

"O Louco" é a primeira carta do tarot, o início da minha história. 

Sou uma boneca fora daqui. Esposa do Johan, mãe da Claire e irmã da Aurora.

Quero começar esse blog contando sobre o meu encontro com uma lagarta que habitava no quintal de casa.

A Lagarta e eu nos olhamos uma para outra por algum tempo em silêncio: por fim, a Lagarta tirou o narguilé da boca, e dirigiu-se à mim com uma voz lânguida, sonolenta.

"Quem é você?", perguntou a Lagarta.

Não era uma maneira encorajadora de iniciar uma conversa.

Respondi: "Eu - eu não sei muito bem, Senhora, no presente momento - pelo menos eu sei quem eu era quando levantei esta manhã, mas acho que tenho mudado muitas vezes desde então.

"O que você quer dizer com isso?", perguntou a Lagarta severamente. "Explique-se!"

"Eu não posso explicar-me, eu receio, Senhora", respondi, "porque eu não sou eu mesma, vê?"

"Eu não vejo", retomou a Lagarta.

"Eu receio que não posso colocar isso mais claramente", repliquei bem polidamente, "porque eu mesma não consigo entender, para começo de conversa, e ter tantos tamanhos diferentes em um dia é muito confuso."